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Negócio

Quanto uma empresa deve ter de reserva de emergência?

Redator Peggô

Redator Peggô

Reserva

Uma reserva de emergência para empresas é um conceito financeiro crucial que serve como uma rede de segurança para garantir a estabilidade e a sobrevivência do negócio em tempos de incerteza ou dificuldades financeiras.

Essas situações podem incluir problemas como uma queda acentuada nas vendas, reparos urgentes de equipamentos, necessidade de cobrir despesas fixas durante períodos de baixa receita, ou mesmo a necessidade de responder a crises econômicas repentinas.

Mas você sabe o quanto precisa de ter para fazer uma boa reserva de emergência para seu negócio?

Como fazer esse cálculo

 A criação e o cálculo de uma reserva de emergência eficaz para o seu negócio são processos que requerem uma análise cuidadosa das suas finanças e um entendimento das necessidades específicas da sua empresa. 

Aqui estão os passos detalhados que você deve seguir:

1. Avalie suas despesas mensais

O primeiro passo para determinar o tamanho da sua reserva de emergência é compreender completamente suas despesas operacionais mensais

Isso inclui todas as despesas recorrentes necessárias para manter o seu negócio em funcionamento, como

  • aluguel,
  • salários,
  • utilidades,
  • matérias-primas, 
  • e outros custos fixos e variáveis. 

Faça uma lista detalhada dessas despesas para ter uma base clara de quanto você precisa para operar mensalmente.

2. Determine o período de cobertura

Após entender suas despesas mensais, você precisa decidir por quanto tempo gostaria que sua reserva de emergência cobrisse essas despesas caso a receita da empresa parasse de entrar. 

Embora a regra geral seja entre 3 a 6 meses, isso pode variar dependendo da volatilidade do seu setor e da facilidade de acesso a outras formas de crédito ou capital. 

Empresas em setores mais instáveis ou com menos opções de crédito devem considerar um período maior.

3. Calcule o total necessário

Uma vez que você tenha suas despesas mensais e o período de cobertura desejado, multiplicar um pelo outro lhe dará o montante total necessário para a sua reserva de emergência. 

Por exemplo, se suas despesas mensais são R$ 50.000 e você deseja cobrir 6 meses, sua reserva de emergência deve ser de R$ 50.000 x 6 = R$ 300.000.

4. Considere receitas e despesas variáveis

Enquanto você calcula, considere que suas despesas e receitas podem variar com o tempo. 

É prudente revisar periodicamente sua reserva de emergência e ajustá-la com base em mudanças nas despesas operacionais ou na receita.

5. Implemente um plano de economia

Depois de saber quanto você precisa, desenvolva um plano para acumular essa reserva. 

Isso pode incluir alocar uma porcentagem fixa da receita mensal para a reserva de emergência, cortar despesas desnecessárias, ou reajustar preços e serviços para aumentar a margem de lucro.

6. Escolha o local para guardar a reserva

A reserva de emergência deve ser facilmente acessível, mas também deve estar em uma conta que ofereça algum retorno para não perder valor ao longo do tempo. 

Contas de poupança de alta renda, fundos do mercado monetário ou contas de investimento de curto prazo podem ser boas opções, dependendo da liquidez e do risco.

7. Monitore e ajuste regularmente

A sua reserva de emergência não é algo estático. 

À medida que o seu negócio cresce ou muda, você deverá revisar e ajustar sua reserva conforme necessário. Isso inclui revisar suas despesas operacionais regularmente, assim como o montante da reserva de emergência, para garantir que ela permaneça alinhada com as necessidades atuais do seu negócio.

Lembrando que, ao calcular sua reserva de emergência, é importante ser o mais realista possível em relação às suas despesas e ao cenário econômico do seu setor. Uma abordagem prudente e conservadora pode fazer a diferença em tempos de incerteza.

VEJA TAMBÉM | Como criar seu plano de negócio

Importância da Reserva de Emergência para Empresas:

A criação de uma reserva de emergência é uma prática de gestão financeira que proporciona uma série de benefícios para a empresa:

  • Proteção contra Incertezas: O ambiente de negócios está cheio de incertezas, como flutuações econômicas, desastres naturais, ou crises de saúde pública. Uma reserva de emergência atua como um amortecedor que protege a empresa nessas situações, permitindo que continue a operar apesar das adversidades.
  • Evita Endividamento Desnecessário: Em tempos de crise, empresas sem uma reserva de emergência podem ser forçadas a recorrer a empréstimos com taxas de juros altas ou a outras formas de financiamento caro. Isso pode afetar gravemente a saúde financeira da empresa a longo prazo. Com uma reserva de emergência, a necessidade de tais dívidas pode ser evitada ou significativamente reduzida.
  • Estabilidade Operacional: Manter as operações durante períodos de baixa receita ou outras crises é crucial para a sobrevivência da empresa. Uma reserva de emergência garante que haja recursos financeiros disponíveis para cobrir despesas operacionais essenciais, como salários, aluguel e fornecedores, mantendo a estabilidade operacional.
  • Confiança dos Stakeholders: Uma reserva de emergência bem dimensionada pode aumentar a confiança dos investidores, credores, funcionários e outros stakeholders, demonstrando que a empresa é bem gerida e preparada para enfrentar tempos difíceis.

Dimensionamento da Reserva de Emergência:

Determinar o tamanho adequado da reserva de emergência envolve uma análise cuidadosa de vários fatores:

  • Despesas Operacionais: Calcule suas despesas operacionais mensais médias, incluindo custos fixos e variáveis. O tamanho da reserva deve ser suficiente para cobrir estas despesas pelo período desejado.
  • Período de Cobertura: Geralmente, recomenda-se ter uma reserva que cubra de 3 a 6 meses de despesas operacionais. No entanto, empresas em setores mais voláteis ou com receitas mais incertas podem precisar de uma reserva maior.
  • Avaliação de Riscos: Considere os riscos específicos do seu setor e negócio. Empresas com altos níveis de risco operacional, financeiro ou de mercado podem necessitar de uma reserva maior para se sentirem seguras.
  • Acessibilidade a Crédito: Empresas com fácil acesso a crédito podem optar por uma reserva menor, enquanto aquelas com acesso limitado devem considerar uma reserva maior.

Gestão da Reserva de Emergência

Dicas

A gestão eficaz da reserva de emergência é crucial para garantir sua disponibilidade e eficácia quando necessária:

  • Liquidez: O principal critério para a aplicação dos recursos da reserva de emergência é a liquidez. Você deve ser capaz de acessar os fundos rapidamente sem incorrer em grandes perdas. Contas de poupança de alta rentabilidade, fundos do mercado monetário e certificados de depósito (CDs) de curto prazo são opções comuns.
  • Segurança: A segurança do capital é crucial. Evite investimentos arriscados; a reserva de emergência não é onde buscar altos retornos, mas sim segurança e liquidez.
  • Separação de Fundos: Mantenha a reserva de emergência separada das outras contas comerciais para evitar a tentação de usá-la para despesas não emergenciais.
  • Revisão e Ajuste Regular: Revise regularmente o tamanho da sua reserva de emergência e ajuste-a conforme necessário, com base em mudanças nas despesas operacionais ou na situação financeira da empresa.

O que é a regra dos 50 30 20?

A regra dos 50-30-20 é especificamente projetada para o orçamento pessoal, não para as empresas. 

Ela é baseada na alocação de renda pessoal entre necessidades, desejos e poupança ou pagamento de dívidas. No entanto, a lógica subjacente de dividir as finanças em categorias distintas pode ser adaptada para o contexto empresarial de maneiras diferentes:

Adaptação para Empresas

Embora as proporções específicas de 50-30-20 possam não se aplicar diretamente, as empresas podem adotar uma abordagem semelhante ao planejar seus orçamentos dividindo as despesas em categorias essenciais e não essenciais, além de alocações para reservas ou reinvestimento. 

Aqui está uma forma adaptada que as empresas podem considerar:

  • Despesas Operacionais (Fixas e Variáveis): Semelhante à "necessidades" na regra dos 50-30-20, as empresas devem alocar uma porcentagem de sua receita para cobrir despesas operacionais essenciais, como salários, aluguel, utilidades, matéria-prima e outros custos necessários para manter o negócio em funcionamento.
  • Despesas Discricionárias ou de Crescimento: Correspondendo aos "desejos" na regra pessoal, as empresas podem designar uma parte de sua receita para despesas discricionárias, como marketing, pesquisa e desenvolvimento, e outras iniciativas que não são essenciais para as operações diárias, mas podem contribuir para o crescimento e expansão do negócio.
  • Reservas, Poupança e Investimentos: Assim como os "20%" na regra pessoal, as empresas devem alocar uma porção de sua renda para reservas de emergência, poupança ou reinvestimento no negócio. Isso pode incluir a formação de um fundo de emergência, pagamento de dívidas, reinvestimento em novos equipamentos, tecnologia ou expansão de instalações.

Considerações para Empresas

  • Fluxo de Caixa e Liquidez: Empresas precisam se concentrar intensamente no gerenciamento de fluxo de caixa e liquidez, garantindo que tenham recursos suficientes para cobrir as despesas operacionais e lidar com imprevistos.
  • Investimento Estratégico: Ao contrário do orçamento pessoal, onde o foco pode estar em economizar e pagar dívidas, as empresas devem equilibrar a manutenção da saúde financeira com investimentos estratégicos que impulsionam o crescimento.
  • Ciclos de Negócio: As empresas devem considerar seus próprios ciclos de negócios e sazonalidades ao planejar orçamentos, o que pode significar ajustar a alocação de recursos em diferentes momentos do ano.
  • Reavaliação e Ajuste: Assim como no orçamento pessoal, é crucial para as empresas revisarem regularmente suas finanças e ajustarem seus orçamentos com base no desempenho real e nas condições de mercado.

Em resumo, enquanto a regra dos 50-30-20 em si não é aplicada diretamente a empresas, os princípios de segmentação orçamentária e alocação de recursos podem ser adaptados para ajudar na gestão financeira empresarial. 

Criar um orçamento que separa despesas operacionais essenciais, despesas discricionárias e alocações para poupança ou reinvestimento pode ajudar os gestores a tomar decisões financeiras mais informadas e sustentáveis

SAIBA MAIS | Entenda com detalhes o capital de giro

Qual a diferença entre reserva de emergência e capital de giro?

Embora ambos os conceitos sejam fundamentais para a saúde financeira de uma empresa, eles servem a propósitos diferentes. 

Vamos detalhar cada um deles:

Reserva de Emergência

Como já discutimos, a reserva de emergência é um fundo destinado a cobrir despesas inesperadas ou períodos de baixa receita. 

O principal objetivo da reserva de emergência é fornecer uma rede de segurança financeira que permita à empresa continuar operando durante tempos difíceis sem precisar recorrer a empréstimos caros ou fazer cortes drásticos. 

A reserva de emergência é, portanto, uma quantia de dinheiro guardada especificamente para situações de crise e não é destinada a ser usada para despesas operacionais regulares ou investimentos em crescimento.

Capital de Giro

O capital de giro, por outro lado, refere-se aos recursos financeiros necessários para o funcionamento diário da empresa. 

É o capital disponível para financiar a continuidade das operações cotidianas e é calculado subtraindo-se aos passivos de curto prazo (como contas a pagar e dívidas de curto prazo) dos ativos de curto prazo (como dinheiro em caixa, estoque e contas a receber). 

O capital de giro é usado para pagar despesas rotineiras, como salários, compra de matéria-prima, e outras despesas operacionais. Ele é um indicador da liquidez operacional da empresa e de sua saúde financeira a curto prazo.

Diferenças Principais:

  • Finalidade: A reserva de emergência é usada para situações inesperadas e adversas, enquanto o capital de giro é utilizado para financiar as operações diárias e as necessidades de curto prazo da empresa.
  • Liquidez: Embora ambos devam ser relativamente líquidos, a reserva de emergência é geralmente mantida em formas de investimento que são extremamente líquidas e de baixo risco, pois o foco está na disponibilidade imediata dos fundos. O capital de giro, embora necessite ser acessível, é composto por uma variedade de ativos e passivos de curto prazo.
  • Planejamento e Uso: A reserva de emergência é planejada para não ser usada, exceto em casos de necessidade real. O capital de giro, no entanto, é utilizado e reposto regularmente como parte das operações normais do negócio.
  • Cálculo e Dimensionamento: A reserva de emergência é geralmente calculada com base nas despesas operacionais mensais e no período de cobertura desejado. O capital de giro é calculado com base na diferença entre ativos e passivos de curto prazo e precisa ser adequado para cobrir todas as despesas operacionais rotineiras.

Em resumo, enquanto a reserva de emergência serve como uma salvaguarda contra eventos inesperados, garantindo que a empresa possa sobreviver em tempos de crise sem recorrer a medidas extremas, o capital de giro é o que permite à empresa manter suas operações do dia a dia e gerenciar suas obrigações de curto prazo de forma eficiente. Ambos são essenciais para a estabilidade financeira e operacional de um negócio.

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